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Portugal em Guerra 1914 -1918 Breves notas sobre Oliveira de Azeméis

Artigo Científico

Nuno Severiano Teixeira faz sobre a Grande Guerra esta reflexão: “tem sobre Portugal reflexos que excedem largamente o campo militar e se inscrevem sobre a própria sociedade global: da evolução económica aos movimentos sociais, da recomposição das ideologias ao próprio destino político do regime democrático.” (Teixeira, 1998, p.55). Portugal, em circunstâncias adversas a vários níveis, participou no conflito em três frentes de batalha, a saber, no teatro de operações africano em Angola e Moçambique e na frente ocidental, na Frente Ocidental, mais concretamente na Flandres francesa. Cem anos passados, em tempos de evocações oficiais e pessoais, ficaram memórias, dolorosas, das batalhas e combates mais duros, por vezes não pela força das armas mas pela constatação da impreparação das nossas tropas. Destacam-se Naulila, em Angola, numa estranha guerra não declarada com a Alemanha, que nos atacava a partir da sua colónia da Namíbia, à época África Oriental Alemã (1914) e a batalha de La Lys (1918) na Flandres, onde múltiplos fatores, a maioria muito pouco abonatórios para o Governo Português e uma boa parte das altas hierarquias das Forças Armadas fez descambar para um inevitável desastre a sorte do Corpo Expedicionário Português, que a 9 de Abril deixou de existir como força de combate. Foram mobilizados mais de 100 mil homens e mortos mais de oito mil. Em Angola e Moçambique combateu-se ainda durante a “neutralidade”, mas a 9 de Março de 1916, a Alemanha declara guerra a Portugal, e no ano seguinte, o país combate na Flandres. E porquê? A historiografia portuguesa fundamenta a entrada de Portugal na guerra, em duas teorias explicativas diferentes: A tese colonial e a tese europeia-peninsular. info:eu-repo/semantics/publishedVersion

Sérgio Veludo Coelho

Publicação

Ano da publicação: 2018

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